Romance matemático
Dê-me o silêncio...
Para eu dizer que nosso romance é como uma equação
Em que ponho-me, insistentemente;
A descobrir o valor de sua incógnita.
Dê-me o silêncio...
Para eu derrubar todos os axiomas;
Que insistem em dizer que nosso amor é impossível.
Dê-me o silêncio...
Para eu dizer que você é o pivô de minha matriz escalonada;
Que cada virtude que encontro em você
É um determinante para nossa relação.
Dê-me o silêncio...
Para eu dizer que a função que rege minha vida
Consiste em que cada elemento do seu domínio
Está associado a um elemento de meu contra-domínio.
Dê-me o silêncio...
Para eu te mostrar que nossas retas paralelas se encontrarão no infinito.
Dê-me o silêncio...
Para eu dizer que quando contemplo a imagem de seu corpo,
Meus batimentos cardíacos modelam uma cossenóide.
Dê-me o silêncio...
Para te provar que embora sejamos ângulos opostos pelo vértice,
nossas medidas são iguais.
Nesse instante me calo e quem diz tudo é você.
Andreson Costa dos Santos Souza e Alex Bruno Carvalho dos Santos
Ficamos felizes por perceber que nosso poema tem chamado a atenção de pessoas de várias partes do Brasil.
ResponderExcluirÉ muito gratificante saber isso.
Obrigado pela divulgação.
Abraços.
Alex Bruno e Andreson Costa